sexta-feira, 4 de julho de 2014

JERÔNIMO MENDONÇA - SAUDADES DOS AMIGOS QUE TE AMAM!!!!!!!

O jovem Jerônimo Mendonça, ainda sem os óculos.
ORAÇÃO À NOSSA MÃE

Ave Maria, mãe dos que sofrem!
Esteja onde há pranto, amargura ou dor.
Mostra que se hoje há um homem que chora
Amanhã haverá alegria e calor.

Senhora Mãe de nossas preces!
Tantos pedidos são dirigidos a vós.
Ouça este servo aprendiz e amigo
Envia teu bálsamo de paz sobre nós.

Mãe dos aflitos, Senhora dos anjos!
Guarda as consciências de futura amargura.
Há homens que fazem o sofrimento
Perdoa-os e encaminha-os à semeadura.

Nossa mãe! Intua ainda a humanidade
Que chega à cristianização por meio dos sofrimentos.
Não nos deixe mais errar
Em nossos atos, palavras e pensamentos.

Jerônimo Mendonça.

(Página recebida no Centro Espírita A Caminho da Luz, em Ituiutaba/MG, na noite de 04 de julho de 2002, pelo médium Nicola José Frattari Neto.)

terça-feira, 4 de março de 2014

Educandário Ituiutabano, ainda mais sobre.

Fachada do Educandário Ituiutabano, meados dos anos de 1960
 
1 – Quanto à movimentação da escola.

            O Grupo Escolar de Ituiutaba foi instalado no Educandário Ituiutabano, em 1958, para oferecer o Curso Primário, e era estadual. Já no primeiro ano de funcionamento, contou com mais de 600 matrículas, formando dez classes. Possuiu como diretora a memorável senhora Nair Gomes Muniz, a Dona Nair, que atuou no Educandário e após, com a extinção da escola, conseguiu continuar em prédio próprio passando o grupo a se chamar Escola Estadual Ituiutaba, hoje atual Escola Estadual Arthur Junqueira de Almeida.

            O Educandário ofereceu o Curso Ginasial de forma gratuita, apesar de não possuir recursos próprios. Assim, os professores eram voluntários, havendo poucos que recebiam uma pequena ajuda em forma de salário. O diretor Ângelo Tibúrcio D’Avila atuou entre 1958 e 1959, afastando-se por motivo de mudança. Então, o professor Paulo dos Santos, vindo da cidade de Uberaba, assumiu o cargo até 1973, data em que encerramos nossa pesquisa. Prosseguiu a escola até 1978, mas pelo que encontramos na documentação e entrevistas, nesse período final, estava desconectada da sua proposta inicial e sem a presença do Professor Paulo e a filosofia que a consagrou, a escola foi extinta.

            O professor Paulo dos Santos juntamente com o Conselho Diretor da Escola, formado pelos membros da UMEI, ainda abriram o Curso Normal, em 1965, e o curso Técnico em Contabilidade, em 1967.

            Também, em 1967, foi criada a Creche Espírita Josefina de Magalhães, que passou a funcionar dentro do Educandário. Essa foi a primeira creche de Ituiutaba, já constatando a preocupação que o Professor Paulo possuia pela criança desvalida. A Creche ganhou prédio próprio cedido pelo senhor Jacó, com a saída de Paulo dos Santos do Educandário.
 

 2 - Por que o Educandário se tornou uma escola inclusiva?

            O Educandário foi a grande referência de escola inclusiva em Ituiutaba. Além de estar aberto a todos os alunos carentes de Ituiutaba e da região, recebia alunos com variados problemas, tanto sociais como morais. Possuía pequenas casas no fundo da escola, que recebia alunos que vinham das fazendas e também servia à professores. O grande articulador desse projeto foi sem dúvida o professor Paulo dos Santos. A escola também contava com o professor de português Carlos Borges, deficiente visual. O professor Paulo dos Santos efetuou um trabalho muito próximo ao realizado por Eurípedes Barsanulfo, que fundou a primeira escola espírita do Brasil, o Colégio Allan Kardec, em Sacramento, Minas Gerais. No Educandário não se falava em religião alguma, sequer havia aulas de Ensino Religioso que ensinasse essa ou aquela religião, mas a filosofia da escola e consequentemente suas práticas educacionais, eram direcionadas a movimentos mais democráticos e liberais, bem ao gosto da filosofia espírita, calcada nos pressupostos pedagógicos de Rousseau e Pestalozzi. Constatamos ainda grande número de alunos, provindos das escolas particulares da cidade, que passaram a se matricular no Educandário, quando suas matrículas eram recusadas por motivo de indisciplina. O professor Paulo dos Santos acolhia a todos, apenas com a ressalva aos pais: “Seu filho precisa apenas trazer uma carteira, pois a escola não possui!”
 

3 - À época, foi um empreendimento ousado? Por que?

            Construir o Educandário foi uma ação inovadora na cidade, quiçá no Brasil. Porém o trabalho efetivado na escola pelo professor Paulo dos Santos, foi uma grande “ousadia” educacional, se assim podemos dizer. Ele fez o trabalho de Civilidade acontecer, coisa que pouquíssimas experiências educativas no mundo conseguiram, conforme ressaltou a Professora Doutora Maria Teresa Santos Cunha, da UDESC, de Santa Catarina, membro da minha banca de defesa. O Professor Paulo conseguiu realizar um sistema de cooperação e formação de lideranças estudantis, dentro da escola, fantástico. Os alunos tomavam conta da limpeza, do jardim e auxiliavam sobremaneira nas campanhas ininterruptas para manutenção da escola. Ainda formavam grupos ligados ao teatro, ao canto coral, aos esportes, à fanfarra, e ainda a outras atividades, sendo os desfiles de 7 de Setembro memoráveis e a apresentação da fanfarra algo que ficou na mente dos ituiutabanos. Havia aulas investigativas do cerrado mineiro, chamadas pelos alunos de “pic-niques”, algo inovador pela forma com que eram realizadas. Fora o trabalho filantrópico que ele mantinha ligado às famílias, educação moral dos alunos e conseqüente inclusão desses alunos no mercado de trabalho da cidade. Uma experiência notável e que ficou esquecida na cidade.

 
4 - Após cinquenta anos, na sua opinião quais foram os grandes marcos do Educandário?

            Sem dúvida, a contribuição para formação educacional dos jovens e também dos adultos que voltaram para a escola. O Educandário não apenas instruiu alunos, mas proporcionou a formação moral que as pessoas necessitam. O lema do professor Paulo dos Santos era “Vencer na vida pelo estudo e pelo trabalho!”. E isso ele conseguiu implantar na mentalidade daquelas gerações que passaram por lá e que hoje são profissionais liberais em nossa cidade, professores e pais de família responsáveis.


5 - Por que você resolveu pesquisar esse assunto?

 
            O Educandário chamou-me atenção, por todos esses fatos narrados. Ainda é um caso a ser mais estudado, pois as práticas desenvolvidas lá necessitam ser divulgadas para contribuir com a educação hoje, em nossa cidade. Mas principalmente pela necessidade de reacender na memória de Ituiutaba, o trabalho efetivado pelo Professor Paulo dos Santos. Ninguém na cidade sabe que o Bairro Novo Tempo II leva o nome dele, por que isso não é divulgado. Pedimos ao nosso Prefeito e Vereadores que revejam isso e divulguem o nome correto do Bairro. E também pedimos aos nossos lideres que nomeiem uma escola com o nome desse grande mestre. Gurinhatá possui a praça em frente a Escola Estadual e a Loja Maçônica, batizadas com o nome de Paulo dos Santos, que lá fundou o Ginásio de Gurinhatã. Ainda é tempo dos nossos líderes acudirem ao esquecimento.

Nicola José Frattari Neto - 2014

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Educandário Ituiutabano (1958-1978) - Uma escola Espírita no interior das Gerais

Inauguração do Educandário, em 1958

A CONSTRUÇÃO DO EDUCANDÁRIO ITUIUTABANO

           
           O Educandário Ituiutabano foi uma iniciativa da União da Mocidade Espírita de Ituiutaba (UMEI), presidida por Germano Laterza, e sua construção teve início em 1954. O grupo de jovens que participavam da UMEI, encabeçados por Germano, decidiram construir a primeira escola ginasial gratuita na cidade, pois naquele momento só havia escolas particulares que ofereciam esse curso, tais como o Colégio São José, o Colégio Santa Teresa e o Instituto Marden, marcos de excelência no ensino da região, porém, as altas mensalidades dificultavam o acesso do aluno pobre. Nos anos de 1950, o índice de analfabetismo em Ituiutaba, conforme o censo do IBGE, apontavam para 57% de população analfabeta.

            O ensino em Ituiutaba era extremamente precário, só havia dois grupos escolares que ofereciam o Primário de forma gratuita, o Grupo Escolar João Pinheiro e o Grupo Escolar Ildefonso Mascarenhas, além de algumas escolas que funcionavam ligadas a entidades filantrópicas, como Igrejas e outras associações, que apenas ensinavam as crianças a ler, escrever e contar, sem nenhuma documentação ou registro.

            Dessa forma o Educandário Ituiutabano foi construído entre os anos de 1954 e 1958, sendo sua inauguração em 9 de fevereiro de 1958; e funcionando entre os anos de 1958 até 1978.

            A escola foi efetivamente construída pela colaboração do senhor Pepino Laterza, grande homem e grande construtor das obras assistenciais de Ituiutaba; por seu filho Germano Laterza e por uma comissão que constava, entre outros, do senhor João Damaceno e do senhor Ângelo Tibúrcio D’Avila. Destaca-se os esforços, no seu primeiro ano de construção, do pedreiro José da Cruz, que muito contribuiu para esse trabalho. José da Cruz é pai do odontólogo Eurípedes Higino, filho adotivo de Francisco Cândido Xavier, na cidade de Uberaba.

            Os recursos provindos do Estado foram muito poucos. Apenas algumas verbas anuais federais, conseguidas pelo então deputado Mário Palmério, da cidade de Uberaba, fundador da hoje UNIUBE, chegaram à obra. Mário Palmério inclusive foi homenageado na inauguração da escola, dando seu nome à Biblioteca que lá se instalou.

            O grupo de espíritas que compunham a UMEI, junto a outros voluntários da cidade, iniciaram uma grande campanha. Equipes foram formadas para arrecadação de material de construção e prendas que eram constantemente leiloadas, rifadas e vendidas para angariar fundos. Mas a maior parte do dinheiro para construção do prédio, provinha dos inesquecíveis “Bailes da Rainha do Arroz”, que animavam os ituiutabanos, na sede social do Ituiutaba Clube. As candidatas, moças da sociedade tijucana, vendiam votos na cidade e na região, e aquela que conseguisse arrecadar mais fundos recebia o título, além de outros prêmios.

            Os terrenos foram doados em parte pela Prefeitura Municipal, mas também por Anísio Demétrio Jorge, Jorge Miguel e Carlos Dias Leite, no Bairro Independência, hoje Escola Estadual Professora Maria de Barros, antiga fazenda Córrego Sujo.
 
Este texto é baseado em parte de minha pesquisa de mestrado sobre o Educandário Ituiutabano, que em breve disponibilizarei.
 
 




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Chico Xavier Visita Ituiutaba em 1971

Assentados: Aurea Muniz Fratari, Francisco Cândito Xavier e Antônio Baduy (Toninho) Em pé: Márcia França.

O médium Francisco Cândido Xavier visitou a cidade de Ituiutaba, Minas Gerais, no ano de 1971, durante a COMMETRIM. O encontro deu-se no Educandário Ituiutabano. Aqui, o médium flagrado pelos fotografos em momento informal. Agradecemos a amiga Nima Imaculada Conceição que enviou essa foto histórica para o "blog Estrela da Manhã".

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Jerônimo Mendonça Ribeiro



Jerônimo Mendonça Ribeiro


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Jerônimo Mendonça Ribeiro, nosso "Lomico", sempre alegre!


Jerônimo Mendonça Ribeiro (Ituiutaba - MG, 1 de novembro de 193926 de novembro de 1989) foi um grande trabalhador, palestrante e escritor espírita, que juntamente com Chico Xavier, seu amigo, trabalhou pelas causas sociais e pela divulgação da doutrina espírita. Jerônimo Mendonça, mesmo paralisado em uma cama ortopédica e cego trabalhava arduamente pelo ideal espírita e, por isso, ficou conhecido como O Gigante Deitado.

Amigo da mídia, pregando o Espiritismo onde quer que fosse

 Vida e obra

Jerônimo nasceu na cidade de Ituiutaba (MG), em uma família com grandes dificuldades materiais e teve uma infância normal.

Até os 15 anos de idade, Jerônimo frequentou a Igreja Presbiteriana onde fazia palestras. Porém, depois da morte da avó, ele sentiu a necessidade de conhecer mais sobre a vida além-túmulo. Foi quando conheceu a doutrina espírita da qual se tornou adepto e passou a dirigir reuniões e eventos voltado aos jovens.

Aos 17 anos, quando revelou-se um bom jogador de futebol, começou a sentir os sintomas da doença que acabaria por imobilizá-lo, a artrite reumatoide. Aos 19 começou a usar muletas e, sem encontrar uma cura na medicina, parou de trabalhar. Então, ele foi gradativamente a uma cadeira de rodas e depois a uma cama ortopédica. Somando-se a isto tudo, ele teve perda gradativa da visão e problemas cardíacos. Apesar das grandes dificuldades, ele sempre mantinha o bom ânimo e dava conselhos a milhares de espíritas que vinham para pedir aconselhamentos. Ele viaja o Brasil inteiro graças a um leito anatômico projetado para ele.

Dentre outras instituições, como creches, Jerônimo fundou os centros espíritas: Seara de Jesus, Manoel Augusto da Silva e Lar espírita Pouso do Amanhecer.

Escreveu os livros: Crepúsculo de um Coração, Cadeira de Rodas, Nas pegadas de um Anjo, Escalada de Luz, De mãos dadas com Jesus e Quatorze anos depois (em co-autoria).

"O Jerônimo hoje é uma estrela!" - disse Chico Xavier sobre a vida de Jerônimo hoje no Além.